quinta-feira, 16 de abril de 2009

A todo custo



A compositora pensava em relatar mais uma letra, quando lhe veio a cabeça pensamentos livres, ela não sabia seus trajetos, mas conhecia as origens. Na sua mente não havia a malícia pincelada pela sociedade, queria transparecer diferença, procurava em uma adolescente um olhar que não fosse de mulher.
Suas músicas eram baseados em fatos que pudessem ser úteis para expressar a nudez da inocência; talvez procurasse um amor; talvez dinheiro, mas que realmente queria, era sentir o valor de uma mulher.
Tinha convicção que todos tinha escamas nos olhos e desvalorizavam o contexto da vida. Suas rimas seguiam seu padrão de vida, aqueles que todos pensamos em seguir, mas a aquela tinha que ser fina e hábil para se tornar única.
Seus versos lhe tiravam o sono e a obrigava a refletir, queria uma canção que realmente fosse para ouvir, ficava indignada com a exposição da mulher como objeto sexual em uma música só de ritmo. Um mistério tomava posse de sua casa, vazia, escura e silenciosa, sua mão segurava o lápis mordido que batia sobre a mesa imitando o barulho de um relógio.
Esperando a melodia fluir naturalmente, repensava em valores pessoais, e se perguntava se a melancolia fazia parte daquele momento! e o silêncio permaneceu, a única coisa que respondeu seu questionamento foi; ouvir a campanhia tocar e o telefone gritar, e ela nem se preocupava, achando que tudo e todos fossem iguais; então continuava a esperar que sua canção se tornasse única.

2 comentários:

  1. Continue a escrever; gosto da possibilidade de poder ler aquilo que tens em mente e põe aqui

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  2. Nossa amor não sabia que você escrevia tão bem assim ....
    Em pequenas palavras você resume a realidade
    É bom quando nós não estamos bem, e há alguma coisa que façamos para mudar o nosso humor, alguma coisa que descreve os nossos sentimentos, que faça com que nós nos sentimos bem.
    Parabéns ... Eu te amoo Mih.
    Renan Henrique

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