segunda-feira, 8 de junho de 2009

Querida avó



Não quero pensar que poderia ficar horas olhando nosso retrato, pois tanto tempo desmancharia minha face em lágrimas, eu lhe beijava sem interesse e você em busca de carinho e afecto me correspondia; com as luzes apagadas, eu me lembro com muita frequência de nossas vidas juntas.

Mesmo estando na pior das situações sempre demonstrava o melhor para não me preocupar; lembro das histórias que me contava para dormir e principalmente quando me dizia com orgulho: Minha companheira!.

O tempo passou e meus beijos em sua face eram de pena, pois seria mais um, sem que eu pudesse mudar o rumo da morte. Não tenho mais como lutar por ti, o tempo irá passar e a saudade não pode existir, pois eu nunca conseguiria mata-lá!.

Nada mais importava naquele momento, eu queria ficar ali do seu lado segurando sua mão; meu corpo inteiro misturava-se em sentimentos resumidos na dúvida; hoje olho para o céu e acredito que existe algo além que minha imaginação não possa alcançar; há uma guerra dentro de mim, pois a lembrança de tudo vem constantemente sem dó.

Venha como anjo, e me abrace de modo que me complete; a vontade é de sair correndo com tanta força e esquecer por um minuto quem sou, mais um minuto é muito pouco para uma vida inteira.
Você fez sua parte e minha história acabou de começar e tudo que tenho em mãos para dar partida a essa vida é a mesma arma que usarei pra dar um fim nela.

3 comentários:

  1. Mais uma vez, com toda destreza, consegues escrever sobre algo que o ser humano ainda precisa pensar: sua relação com os outros!

    ResponderExcluir
  2. MIIIIH *---* eu aaameeii , você escreve muito bem, está de PARABÉNS !

    ResponderExcluir
  3. parabens mas uma vez pelo texto. incrivel como voce consegue expor seus sentimentos de modo, a hipnotizar quem le seus textos. muito lindo mesmo!:)

    ResponderExcluir